05 maio, 2008

Onze anos de vontade...



Entreteço com palavras
o vazio dos nossos sonhos
pondo imagens nas estradas
que outrora foram caminhos tristonhos.

Até que soprou um vento Nordeste
e levou a ilusão que me deste.
E nem no melhor do sexo,
feito com alento,
logrou contento
meu jeito de ser sem nexo.

E se no recôndito da mente
brotou uma semente
de furor,
regada com ciúmes de outro amor,
dissimulei com maestria
o tamanho medo deste ardor
que nos inflama
e sozinho se cria.

Pois quando a chuva caía sobre El-mar
ia caindo devagar,
meu corpo sobre o teu
num querer amar.

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