21 outubro, 2007

A Locomotiva


-Estou em crise!
Disse ela num momento de lucidez.
In the middle of the crises
permitiu-se a embriaguês.

Viajou no horizonte
do seu quarto,
disfarçou e saiu
com dor de parto
na locomotiva
que quando louca
a motiva.
E pôs-se rouca a gritar:
Tchá tchá tchá tchá

Nessa louca crise
moveu-se
no movimento
retilíneo,
trilhado,
da estrada de ferro
parada no tempo.
Envelheceu.
Mas mesmo assim partiu
no caminho.
Seguiu errante,
estonteante,
a aprender.

Se ela voltar
pra te buscar
(a loucura esquizo-paranóide esquizóide!)
esquivar-te-ás
daquele olhar que te situa
na louco-motiva
a olhar o trem da vida,
num vai e vem:
Tchá tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá tchá

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